O Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social informa que, em fevereiro de 2023, será publicado o edital de seleção de candidatos ao mestrado e doutorado em política social.
Para os/as candidatos/as que já querem iniciar os estudos, sugerimos as seguintes leituras:
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil – o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 1999, v.2. Introdução, Paraísos Comunais: identidade e significado na sociedade em rede e A construção da identidade.
COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade [recurso eletrônico]. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2020. Cap. 1 e 2.
SENNA, M. C. M. (Org.); FREITAS, R. C. S. (Org.); MORAES, C. A. S (Org.). POLÍTICA SOCIAL NO BRASIL: sujeitos, trajetórias e institucionalidades. 01. ed. Editora CRV, 2020.
PEREIRA, Potyara A.P. Política Social: Temas e Questões. 1ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 2008.
POLANYI, Karl. A grande transformação: as origens da nossa época. Rio de Janeiro: Campus, 1980.
Era o ano de 2002 quando começamos o Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social, na Escola de Serviço Social da UFF. Naquela época, só tínhamos o Curso de Mestrado. Depois, veio o Doutorado. Muito tempo passou, desde então. Hoje, temos o orgulho de informar à comunidade acadêmica – professoras e professores, pesquisadoras e pesquisadores, alunas e alunos e profissionais de Serviço Social e de áreas afins – que a Capes, em seu processo de avaliação quadrienal, elevou a nota do nosso programa para 5. Este resultado é consequência de muito trabalho coletivo, de muitos afetos partilhados e da construção de um projeto que vem se fortalecendo à cada ano.
Quero expressar aqui o agradecimento ao corpo docente, discente e administrativo, atrizes e atores fundamentais neste processo de busca de nosso objetivo principal que sempre foi “produzir conhecimento científico sobre as políticas sociais, preparando profissionais tanto para o desenvolvimento de atividades de ensino e pesquisa, como de formulação, gestão e avaliação de políticas, programas e projetos sociais”.
Especialmente acho justo destacar a competência e garra da professora Lenaura Lobato, ex-coordenadora do programa e da funcionária Flávia Umbelino que foram incansáveis na elaboração do relatório quadrienal e nos meandros do Sucupira.
Agradeço, igualmente, ao apoio que temos tido do Departamento de Serviço Social, bem como da direção da Escola de Serviço Social da UFF.
O momento agora é de comemoração. Parabéns ao PPGPS, suas funcionárias, suas professoras e professores e principalmente a suas alunas e alunos, ex-alunas e ex-alunos que permitiram que essa história fosse construída.
O Programa de Estudos Pós-graduados em Política Social da Universidade Federal Fluminense (UFF) manifesta apoio e solidariedade aos colegas docentes e discentes dos cursos de graduação e Pós-graduação em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), diante da decisão das instâncias superiores pela descontinuidade e extinção dos cursos de graduação, mestrado e doutorado.
Os cursos de graduação e de Pós em Serviço Social da PUCRS ao longo dos seus 75 anos se consolidou como um importante núcleo de formação e pesquisa científica na formação graduada e pós-graduada no Brasil e para diversos países latino-americanos. A Pós-graduação em atividade desde 1977, reconhecida por agências de fomento à pesquisa científica como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com nota 6, vem contribuindo para a pesquisa na área de Serviço Social, na formação de quadros intelectuais e na formação de gestores para atuação nas políticas públicas contribuindo para o aperfeiçoamento da formação em Serviço Social, dos direitos sociais, da democracia, da cidadania e das instituições públicas e privadas na busca de problematizar e produzir conhecimento e soluções para a superação das profundas marcas da desigualdade social que afligem milhões de pessoas. O PPGSS tem um importante papel acadêmico-cientifico na formação de outras unidades de formação, por meio de programas de fomento.
Por meio da presente nota, associamo-nos às inúmeras manifestações em favor da continuidade dos cursos de graduação, mestrado e doutorado em Serviço Social da PUCRS. Apelamos à Reitoria e às instâncias superiores que revejam a decisão e reestabeleçam as condições de funcionamento da graduação e do PPGSS em respeito à memória e a história da própria PUCRS e do importante papel desenvolvido pelo Serviço Social da PUCRS.
Nota aprovada no Colegiado de Curso do Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social em 12/08/2022
LOURDES MARIA BANDEIRA (1949-2021)
No último domingo (12/9) faleceu, em Brasília, Lourdes Maria Bandeira, professora emérita da Universidade de Brasília (UnB) e uma referência nacional nos temas do feminismo, relações de gênero e violência contra a mulher. Nascida na cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul, neta de italianos, graduou-se em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1973,Mestre em Sociologia pela Universidade de Brasília em 1978 e Doutora em Antropologia pela Université de Renê Descartes de Paris V em 1984. Iniciou sua carreira docente na Universidade Federal da Paraíba e no início dos anos 1990 transferiu-se para UnB. Nesta instituição atuou no Núcleo de Estudos e Pesquisa da Mulher (NEPEM) e membro do Conselho de Direitos Humanos. Por uma década foi Editora-Chefe da revista Sociedade e Estado (UnB). Atualmente era membro do Comité Editorial da Editora da UnB.
Todavia, além de docente Lourdes Maria Bandeira destacou-se como gestora pública, tendo sido “Secretária de Planejamento” da Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República na gestão da Ministra Nilcea Freire (2008-2010) e “Secretaria Executiva” gestão da Ministra Eleonora Menucucci (2012–2016). Onde destacou-se pela atuação firme nas negociações políticas no Congresso Nacional, nas reuniões com os demais Ministérios e sobretudo no diálogo com o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) e com os movimentos feministas do País.
A professora Lourdes Maria Bandeira também estava presente no Programa de Pós-Graduação em Política Social como co-orientadora da doutoranda Juliana Lemes da Cruz, intitulada “Molduras do feminicídio: o processo de implementação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres no âmbito da Segurança Pública e do Sistema de Justiça Criminal no Vale do Mucuri – Minas Gerais”, orientada por Hildete Pereira de Melo. Assim, sentimos enlutadas pela partida inesperada de nossa colaboradora num momento em que sofremos com a crise sanitária como com as tentativas de desmonte da ciência e da democracia nacional.
LOURDES MARIA BANDEIRA PRESENTE!
Oferta de Disciplinas
O Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social terá diversas bancas públicas nesse mês.
Acesse o link abaixo e confira:
https://politicasocial.uff.br/defesas/
O Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social fará nova seleção de mestrado e doutorado para ingresso em 2021.1.
Confira os editais nos links abaixo:
Mestrado: https://politicasocial.uff.br/selecaomestrado/
Doutorado: https://politicasocial.uff.br/selecaodoutorado/
O Programa de Estudos Pós-Graduados em Política Social da Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense torna público a seu corpo discente e orientadores/as os procedimentos para seleção interna de candidatos/as ao Programa de doutorado Sanduíche no Exterior – PDSE.
O Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior – PDSE – é um programa institucional da CAPES que objetiva oferecer bolsas de estágio em pesquisa de doutorado no exterior de forma a complementar os esforços dispendidos pelos programas de pós-graduação no Brasil na formação de recursos humanos de alto nível para inserção nos meios acadêmico, de ensino e de pesquisa no país e contribuir com a internacionalização do ensino superior, da ciência, da tecnologia e da inovação.
Confira em: https://politicasocial.uff.br/selecaodoutorado/
O Edital n. 20/2020 da CAPES selecionará bolsistas no âmbito do Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG), para fomentar a formação de recursos humanos de países em desenvolvimento, com os quais o Brasil mantenha Acordo de Cooperação Educacional, Cultural ou de Ciência e Tecnologia, por meio de concessão de bolsas no Brasil na modalidade Doutorado, com base no Protocolo assinado entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 5 de maio de 2006.
Confira o edital em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/edital-n-20/2020programa-de-estudantes-convenio-de-pos-graduacao-pec-pg-292013805
“Foi com profunda indignação e tristeza que o corpo discente do curso de Mestrado em Estudos Africanos (MEA)do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa tomou conhecimento dos atosde vandalismo nas instalações de nossa universidade e de outras instituiçõesde ensino de Portugal, que foram pichadas com frases racistas e xenófobas.Nós, alunos e alunas do curso do Iscte, repudiamos veementemente tais manifestações contrárias à Lei Fundamental e aos Princípios Universais de Direito.
As expressões criminosas e criminosamente escritas nas paredes das instituições de ensino do país, não só atingem as pessoas racializadasa que foram dirigidas: “pretos”, “brazucas” e “ciganos”, mas são uma afronta a todas as pessoas que entendem que o racismo estrutural que está entranhado nas sociedades modernas desumaniza, violenta, faz adoecer e mata. Por isso mesmo, deve ser repudiado e combatido com toda a intensidade. Todos somos visados com tais atuações, toda a sociedade e, consequentemente, toda a humanidade.
Há alguns meses houve um manifesto no Brasil organizado pela CoalizãoNegra por Direitos, que se intitulava “Enquanto houver racismo não haverá democracia”. Nós, corpo discente doIscte, do curso de Mestrado em Estudos Africanos, vimos a público reiterar esta afirmação e dizer que, enquanto Portugal não combater o racismo reconhecendo que é uma violência de ordem estrutural, não haverá democracia, nem educação, nem paz.
Enquanto não for reelaborada uma proposta pedagógica para o ensino português que desconstrua a narrativa dos “descobrimentos” que é atualmenteensinada nas suas escolas, vamos continuar a ser desafiados por tais grupos e ter de resistir contra a discriminação das nossas múltiplas identidades étnicas e de género.
Em pleno século XXI e depois do que a História nos contou ao longo dos séculos não podemos mais aceitar o racismo e repudiamos esta violenta, vergonhosa e infeliz atitude e afirmamos fortemente que atos como estes não são compatíveis com a sociedade portuguesa que é cosmopolita e recebe imigrantes e estudantes estrangeiros todos os anos. Uma sociedade que também tem, por sua vez, emigrantes em todos os cantos do mundo.
Compreendemos que é de responsabilidade doIscte e de todas as instituições de ensino combaterem qualquer forma de discriminaçãoracial, xenófoba, de género, religiosa e política. Pelo fato de estas manifestações estarem a ser recorrentes no interior da universidade, solicitamos às entidades competentes doIscte que construam connosco, alunos,Núcleo de Estudantes Africanos (NEA),professores e demais funcionários, um plano de ação onde, através do estudo, diálogo e de práticas pedagógicas, repensemos uma Universidade que amplie o debate para o combate ao preconceito racial e demais formas da discriminação.Tambémsolicitamos um ambiente seguro para todos os alunos e alunas, que indiretamente foram ameaçados, aumentando a segurança do campus da Universidade, exortandoàs autoridades de investigação policial competentes que ampliem os esforços necessários para identificar e alcançar os perpetradores de tais ignomínias.
Convidamos também os fautores destes atos hediondos que se apresentem perante nós, que connosco dialoguem,para que possamos todosviver de forma plural e multicultural. Porfim, convocamos todos os movimentos antirracistas que têm atuado em Portugal, assim como as instituições de ensino, professores, estudantes, parlamentares, profissionais e a toda a população que não aceitem e nem se calem perante estes atos de vandalismo, praticados por indivíduos que não respeitam a vida e a sua diversidade, que atacam e destilam seu ódio, covardemente na calada da noite ou usando perfis falsos nas redes sociais, tentando impor o medo e a sua suposta “superioridade”, pois todas as vidas importam e devem ser respeitadas em sua plenitude!”
Alunos e Alunas do Curso de Mestrado em Estudos Africanos do ISCTE-IUL.
Lisboa, 03 de Novembro de 2020.